29 agosto 2009

Universal e Globo santas não são

Não há mocinhos em nenhum dos lados da recente briga entre a TV Globo e a Rede Record de Televisão. Também não há mentiras nos ataques de uma contra a outra: os Marinho sempre tiveram uma relação espúria com o poder e a Record, uma interação promíscua com a Igreja Universal do Reino de Deus. Mas o problema central nessa guerra é que estão guerreando com armas alheias. Estão guerreando com armas públicas.(Rodolfo Viana)

27 agosto 2009

A VERDADEIRA FACE DE LINA

Ex-secretário da Receita Federal no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, Everardo Maciel, disse quarta-feira (26) em entrevista à Folha Online que a fiscalização dentro do órgão foi "desarticulada" durante a gestão de Lina Maria Vieira, que deixou o cargo no mês passado pouco menos de um ano depois de substituir Jorge Rachid.

Segundo ele, as principais metas de fiscalização e planos de ação fiscal "não existem mais". Maciel ainda desmentiu a tese de que o foco sobre as grandes empresas foi uma marca na gestão de Lina, como defendem os funcionários da Receita que deixaram cargos de confiança. Segundo reportagem da Folha, cerca de 60 pessoas em postos de chefia, distribuídas em 5 das 10 superintendências regionais, avisaram seus superiores que deixarão suas funções. "! Isso é falso. Quem criou a delegacia de fiscalização dos bancos fui eu. O criador do programa de fiscalização de grandes contribuintes fui eu. Então isso não é verdade. Era preciso medir com precisão, e não como foi divulgado com os dados de São Paulo, quantos grandes contribuintes foram fiscalizados no primeiro semestre comparado com semestres anteriores. Aí vamos ter uma surpresa", disse. Maciel ainda rejeitou a tese de que o cargo de secretário da Receita deveria ter mandatos --como ocorre, por exemplo, com as agências reguladoras.

www.affonsoritter.com.br



MÍDIA PARTIDARIZADA

Em quarenta anos de profissão, nunca vi a mídia tão partidarizada. Jamais. Jamais testemunhei um fenômeno como o de Lina Vieira: a mídia martela uma tese e simplesmente descarta todas as outras que possam contradizer aquela tese.

Uma tese bancada por Agripino Maia. Uma tese que tem o objetivo de carimbar Dilma Rousseff como "mentirosa". Que faz parte da campanha para demonizar a candidata do governo. Que, em minha opinião, obedece a uma campanha milimetricamente traçada por marqueteiros de José Serra e executada por prepostos dos Civita, Marinho, Frias e Mesquita.

Do blog Eu vi o Mundo, do Luiz Carlos Azenha

26 agosto 2009

As torneiras abertas do Rio Grande do Sul

Eduardo Tessler*


Não bastasse a crise política em que se meteu a governadora gaúcha Yeda Crusius, agora a lista de desvio de dinheiro público ganha novos reforços a cada dia.

O escândalo mais recente não chama a atenção pela quantidade - R$ 15 mil - mas pela total falta de critérios que os governantes do Rio Grande tem para abrir as torneiras e despejar verbas públicas. O dinheiro em questão foi dado sob forma de "diárias" para que o cidadão gaúcho Clóvis Fernandes pudesse assistir aos jogos da Copa das Confederações, disputada em junho na África do Sul.

O conhecido "Gaúcho da Copa" ficou famoso por aparecer com seu generoso bigode e uma réplica da Copa do Mundo em mãos nas transmissões de jogos dos Mundiais. O locutor Galvão Bueno chama-o de "simpático".

Clóvis Fernandes tentou ser vereador em 2008. Não conseguiu mais que 2.300 votos e ficou de fora. Concorreu pelo PMDB, um dos partidos da base de Yeda Crusius. Hoje Fernandes é CC do governo gaúcho, lotado na secretaria de Relações Institucionais. E de quebra ainda leva algumas diárias para passear e ver futebol.

Ou seja, não bastasse Fernandes ter se ausentado do trabalho em uma secretaria de Estado por 19 dias, ainda recebeu um "extra" para isso.

Se Fernandes busca patrocínio para ir às competições internacionais, mérito dele e de seu grupo. O site do "Gaúcho" apresenta anúncios de uma agência de viagens, uma confecção de camisetas, uma empresa de comunicação visual, uma de TV por assinatura e de uma rede de lojas de música, de propriedade do presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Noveletto. Até aí, nenhum problema.

Mas quando o governo do Estado abre a torneira e paga 19 diárias de viagem para que um CC vá se divertir na África do Sul, aí o furo aumenta.

Qual a vantagem para o Estado em ter um torcedor assistindo jogos da Seleção Brasileira?

Segundo o secretário da Casa Civil, José Alberto Wenzel, que autorizou a viagem, "o dinheiro foi muito bem investido".

Em que, secretário? Em cerveja? Em visita a tribos e reservas naturais, como aparece no site do "Gaúcho"? Fernandes divertiu-se vendo os jogos e distribuiu panfletos falando de Porto Alegre na Copa de 2014. E voltou com uma conclusão "fundamental": trânsito é um problema para a Copa. Ah, bom, ainda bem que o enviado especial revelou esse segredo.

Fernandes é um cara-dura que consegue abrir as torneiras do Estado. Mas o problema não é ele ou outros que se aproveitam do desgoverno. O problema está exatamente em quem assina o cheque. A governadora, os secretários, os que não cuidam do patrimônio e das finanças do Rio Grande.

O dinheiro gaúcho hoje escorre por todos os lados. A tal ponto que uma empresa terceirizada, que cuida dos depósitos de carros apreendidos pelo Detran-RS, cobra uma suposta dívida de R$ 16 milhões do governo. E se não fosse o Ministério Público impedir esse absurdo, a governadora já teria pago.

As torneiras gaúchas estão abertas.

Eduardo Tessler é jornalista - Porto Alegre (RS)

25 agosto 2009

O senado é o fim. Fim ao senado, já!

Porque Sarney virou vilão?


Agora, oposição "descobre" clientelismo de Sarney

A crise instaurada no Senado Federal tem circundado a figura do mandatário da casa José Sarney (PMDB-AP), ex-presidente da República e detentor de monopólios nos estados do Maranhão e Amapá. Práticas clientelistas e oligárquicas, além do amplo trânsito nas esferas de poder, não são novidades no curriculum do maranhense – tal como a biografia de muitos de seus acusadores e apoiadores.
Pode se dizer que em nível nacional, Sarney nunca soube o que é ser oposição. Iniciou sua carreira pública discretamente, elegendo-se 4º suplente de senador em 1954, pelo getulista PSD.

Durante a ditadura militar, chegou a ser líder do diretório nacional da situacionista Arena. Às vésperas do colégio eleitoral, trocou de “lado” e foi para o PMDB disputar as eleições indiretas para presidência da República como vice de Tancredo Neves, que venceu o pleito, mas morreu antes de assumir. Sarney foi “obrigado” a abandonar sua discrição na carreira política e foi o primeiro civil a governar o país depois de 21 anos de domínio militar, entre 1985-1989.

Seus cinco anos de governo foram marcados pela inflação exorbitante e pelos planos econômicos fracassados, como o Bresser, Verão. Para aumentar seu mandato de 4 para 5 anos, distribuiu concessões de rádio e TV para parlamentares.

No governo Fernando Henrique Cardoso, foi um importante cabo-eleitoral e articulador político do tucano no norte-nordeste, sendo premiado com a presidência do Senado entre 1995-1997. Foi a primeira das três vezes que Sarney comandou a casa. As demais foram entre 2003-2005 e a que se iniciou em fevereiro deste ano e persiste em continuar – ao menos até o fechamento desta edição.

2010 é agora

Se já está há 55 anos na vida pública com os mesmos métodos, por que somente agora Sarney vira o inimigo público número 1? Uma análise recorrente dá conta de que os escândalos políticos só estampam as manchetes dos grandes jornais quando não há um acerto de bastidores, ou seja, quando as arestas não são aparadas, grupos poderosos revelam os “podres” de inimigos pontuais. A vociferação do PSDB e do DEM, por exemplo, contra o ex-presidente da República pode ser considerada efêmera, pois este comportou-se como aliado durante os 8 anos do mandato de FHC. Este, aliás, mandou sinais à bancada tucana para que apoiasse a eleição do atual presidente do Senado, em fevereiro de 2009. Para o cientista político José Antonio Moroni, do Instituto de Estudos Socioeconomicos (Inesc), o que está por trás da ofensiva contra o senador do Amapá é o início da corrida eleitoral de 2010.

De um lado, a base aliada sabe da importância de ter o apoio do PMDB para deslanchar a candidatura de Dilma Roussef, ministra-chefe da Casa Civil. Mesmo desmoralizado e com a pecha de fisiologista, o PMDB continua sendo o maior partido do país, com maior bancada legislativa e número de prefeituras. A oposição, por sua vez, busca minar esse apoio, tentando dividir ainda mais o partido.

“Sarney se construiu com base no poder criado através do uso do espaço público com interesse privado. Agora, o fato de a imprensa elegê-lo como inimigo, não pode ser desvinculado do processo eleitoral de 2010, pois tentam colar a imagem dele à do presidente Lula. É um contexto eleitoral que surge por conta desse passado do Sarney e esse presente de apoio a Lula”, analisa Moroni.

Segundo Moroni, os escândalos que movimentam a rotina de Brasília são frutos de desacordos nos bastidores, não de investigações aprofundadas. “Esses escândalos só surgem quando as elites não conseguem se acertar entre si. Quando se se acertam, essas coisas não aparecem. E é vergonhoso o papel da grande mídia. Ela não repercute apenas esses escândalos, ela faz parte da construção deles”, avalia.

Um símbolo

Na análise de Cláudio Weber Abramo, diretor executivo da Transparência Brasil, o foco excessivo sobre o senador maranhense deixa de revelar as irregularidades praticadas por seus pares. “Sarney é meramente um símbolo das evidentes irregularidades que ocorrem no Senado e são praticadas por muito mais gente. Mas é claro que isso não o torna inocente. O foco sobre Sarney tem a desvantagem de tirar atenção para o fato de dezenas de senadores terem se beneficiado ao longo dos anos”, opina Abramo.

A saída do presidente da casa de seu cargo, como clama opinião pública e oposição, não resolveria os problemas éticos da instituição de forma efetiva, de acordo com Abramo. “Achar que simplesmente a saída de Sarney do cargo resolveria tudo,é um absurdo. Existe um problema sistemático que não se resolve com a saída dele. Ele tem que ser responsabilizado, inclusive criminalmente. Numa situação em que agentes públicos se aproveitam do cargo para praticar corrupção, o Ministério Público tem que agir”, aponta.

O sociólogo Rudá Ricci, diretor geral do instituto Cultiva, a saída de Sarney responderia a um problema apenas conjuntural do Congresso. “[A saída] aliviaria a pressão sobre o governo federal e sobre a bancada do PT no Senado. Seria uma solução conjuntural, momentânea. Mesmo porque, a cassação de Sarney renderia uma forte reação da tropa de choque que o apoia no Senado e, talvez, de parte do PMDB, colocando em risco a coalizão presidencialista”, afirma.

A pauta do “Fora, Sarney” que ganhou as galerias do Senado, capitaneada por grupos heterogêneos, causaria uma alternância na casa sem muito efeito em termos nacionais. “A substituição teria mais efeito sobre o Maranhão que sobre o Senado ou a mudança da política nacional. Poderia dar fôlego à oposição ao governo Lula, principalmente PSDB e DEM, já que PSOL e PV aparecem como coadjuvantes”, conclui.


Fonte: Brasil de Fato / Renato Godoy de Toledo

22 agosto 2009

Indignação



Assassinato pela ordem

o soldado mira um alvo adiante
de um homem a roupa agora escarlate
o corpo inerte, jaz no chão inanimado
que honra haveria na batalha
se apenas um lado têm armas
o nome do massacre é assassinato
na iníqua e injusta ordem sustentado,
é a lei dos proprietários das vidas
de quem o servil miliciano é capacho

Adroaldo Bauer



É com profunda é múltipla indignação que recebemos esta infame notícia de um cidadão, agricultor sem terra, assassinado ontem, por episódio da desocupação da Fazenda Southall em São Gabriel.

Indignação com a ação da Brigada Militar, orientada de forma equivocada pelo seu comando. Esta morte deriva da política de enfrentamento da Governadora, levada a cabo pelos sucessivos comandos da BM neste Governo. Truculência ao invés do diálogo, “ideologismo” ao invés de profissionalismo, violência ao invés do bom senso.

Indignação com a manipulação ideológica que polui a cobertura dos veículos de comunicação do estado, como se os trabalhadores sem terra procurassem um mártir, desejando esta morte. Esta morte não é culpa dos trabalhadores, estes são vítimas do poder político que, ainda, beneficia os poderosos e ricos.

Indignação, por fim, com o Governo Yeda que, chafurdado na corrupção, esqueceu do Rio Grande do Sul. No Governo Olívio Dutra, o PT provou que um governo estadual pode e deve ser responsável com a distribuição de terra, com o crescimento econômico e com a justiça social.

É inaceitável a permanência deste comando-geral da Brigada Militar como é inaceitável a permanência desta Governadora à frente do poder executivo estadual.

Jorge Branco

12 agosto 2009

Aniz estrelado é base do Tamiflu


Sua árvore lembra o loureiro, pelo porte, e a magnólia por suas flores


O anis-estrelado é a base para o fármaco Tamiflu, atualmente utilizado para combater a gripe suína. Não é plantado comercialmente no Brasil.

É carminativo e muito útil nos casos de digestões difíceis, fermentação intestinal e flatulência. Alivia os espasmos das visceras ocas (estômago, vesícula biliar, intestino, útero).

O anis-estrelado (Illicium verum ), não deve ser confundido com o anis (pimpinella anisum L.) apesar de conter o mesmo princípio ativo (anetol) tendo propriedades semelhantes àquela planta.

É digestivo como o anis, porem é mais concentrado.

A essência do anis-estrelado, por conter anetol, tem efeitos tóxicos sobre o sistema nervoso, causando delírios e convulsões quando tomado em doses elevadas.




Seus frutos têm a forma de estrela de 8 a 12 pontas, de cor castanha.

Originário do Sul da China, é cultivado em zonas quentes e úmidas do continente americano.
É uma árvore da família das Magnoliáceas, que atinge de 2 a 5 metros de altura.
A sua casca é branca e as folhas perenes e lanceoladas. Tem aroma semelhante e mais intenso que o anis.
Foi introduzido na Europa no século XVII.
Ainda hoje a China é o seu maior produtor. Os chineses o utilizam para temperar carnes e frutos do mar.
O anis-estrelado é também conhecido como anis-da-China, anis-do-Japão, anis-da-Sibéria, funcho-da-China; em Portugual como badiana, anis-estrelado; na Espanha: anis estreliado, anis de estrella, anis de China; na França: como badiane, anis de la Chine; na Inglaterra: star anise, Chinese anis.

Postado por Edilza Nascimento em Saúde pelas Plantas.

07 agosto 2009

Que se acabe o Senado!



O Senado do Brasil já demonstrou até a náusea que é imprestável e desnecessário.
Na conservadora e retrógrada câmara revisora prevalecem os baixos interesses das minorias oligárquicas incrustradas ainda na conformação do estado brasileiro.
O país necessita se libertar desses corrosivos cancros para dar fim ao patrimonialismo e ao secular regime cartorial e começar a depósítá-los no lixo da história, o lugar adequado da corrupção, do nepotismo, do compadrio, das práticas de acomodação dos interesses dos grandes proprietários das corporações de comunicação, industriais, financeiras e comerciais, dos latifúndios, que submetem o país ao charco e à lama das pequenezes de que se constituem.
Dar fim ao Senado no Brasil é uma medida cívica saneadora urgente e impostergável.

Adroaldo Bauer Corrêa

05 agosto 2009

É pra sair logo

Quarta-feira, 05 de agosto de 2009
(do blog de Rosane Oliveira, de Zero Hora)

Ação contra a governadora

A ação que os procuradores da República estão prestes a anunciar envolverá os nomes da governadora Yeda Crusius, do professor Carlos Crusius, dos deputados José Otávio Germano, Luiz Fernando Záchia, Frederico Antunes, do ex-secretário Delson Martini, da assessora da governadora Walna Vilarins Meneses, do diretor do Banrisul Rubens Bordini e do presidente do Tribunal de Contas do Estado, João Luiz Vargas.

Trata-se de uma ação civil de improbidade administrativa, com base na análise de documentos da Operação Rodin e de escutas de outras investigações, entre elas, a Operação Solidária.

Há 20 mil áudios e 30 volumes.

O Ministério Público Federal pede o bloqueio de bens, o afastamento do cargo, o levantamento do sigilo da investigação e a suspensão dos direitos políticos por oito a 10 anos de todos os denunciados. Também será pedido o ressarcimento de valores supostamente desviados dos cofres públicos.

04 agosto 2009

Por que marcham os de baixo.



Se aproxima um momento importante de luta da classe trabalhadora, que ocorrerá no mês de agosto – a Mobilização Nacional contra a Crise.

A Marcha Estadual sai dia 5 de Campinas para São Paulo, onde pretende chegar no dia 10 – para permanecer até o dia 14.

A Marcha busca a solidariedade de classe entre os de baixo, e aliados dos explorados de todos os perfis para garantir as condições materiais de realização das demais atividades.
Explicam os objetivos e as principais demandas no documento que distribuem na rede e à imprensa:

POR QUE MARCHAMOS?



Somos trabalhadores e trabalhadoras rurais organizados no Movimento Sem Terra / Via Campesina, que lutamos pelo direito a um pedaço de terra onde possamos plantar, colher e garantir uma vida digna às nossas famílias.



Oriundos de várias partes do Estado de São Paulo, de diferentes comunidades, assentamentos e acampamentos para dialogar com a sociedade e os poderes constituídos com o objetivo de denunciar a condução das políticas em nosso país, as quais favorecem apenas os ricos que, por meio da apropriação capitalista, aumentam a cada dia mais a exploração e a miséria da classe trabalhadora. É por isso que marchamos:



Marchamos para reafirmar a necessidade da realização da Reforma Agrária como uma política de distribuição de terra, renda e riqueza para milhões de brasileiros que de forma direta ou indireta serão beneficiados. Dizem que São Paulo não tem terra para os SEM TERRA, entretanto, é um dos estados com uma das agroindústrias mais concentradoras a qual convive com os maiores índices de êxodo rural e miséria em suas pequenas e médias cidades do interior, além do terrível cenário atual nas periferias das grandes metrópoles, onde se concentram milhões de pessoas sem alternativa de vida digna. O povo brasileiro precisa recolocar a Reforma Agrária na pauta do país e dizer que somente através dela é que vamos conseguir produzir alimentos de boa qualidade, a baixo custo e empregar milhares de pessoas que foram expulsas do campo pelo Agronegócio.



Marchamos porque somos contra a concentração da propriedade da terra, das florestas, da água e dos minérios, pois, além de causar a destruição da natureza, expulsa os camponeses, os pequenos produtores, os povos indígenas, os ribeirinhos, os quilombolas. Condenamos a política agrícola e ambiental dos sucessivos Governos Tucanos em São Paulo e do Governo Lula, pois só têm beneficiado o agronegócio, seus interesses econômicos e incentivado a destruição ambiental.



Marchamos para reafirmar a necessidade de unificar toda a classe trabalhadora, do campo e da cidade, para juntos consolidar um processo de emancipação pelo qual possamos ter de fato emprego decente, moradia digna, saúde e educação gratuita e de qualidade, alimentos saudáveis para todo povo brasileiro.



Marchamos para denunciar a exploração da classe trabalhadora por seus patrões e fazer com que o nosso apelo seja ouvido e que soluções sejam tomadas: a cada dia aumenta o número de pessoas desempregadas, e agora com a crise dos ricos, sobra para nós, os empobrecidos, pagarmos a conta. Precisamos nos fortalecer enquanto classe trabalhadora para garantir que se cumpram os direitos trabalhistas e previdenciários; a maioria dos empregadores sequer assina a carteira de seus funcionários. É inadmissível e indignante vivermos ainda hoje com a existência de trabalho escravo em nosso país, e assistirmos passivos os aumentos sucessivos de incentivos para aquelas agroindústrias que o promovem.



Marchamos também para repudiar a crescente criminalização da luta social e da pobreza em todo o país. Não é possível admitir que num país dito democrático, cada vez mais seja considerado crime o exercício legítimo de organização política e reivindicação de nossos direitos assegurados formalmente até pela Constituição Federal. Muito menos admitir que pessoas, sobretudo jovens e negros das periferias urbanas, sejam a cada dia mais consideradas “suspeitas” simplesmente por viver na pobreza ou na miséria material, tornando-se vítimas prioritárias das políticas de criminalização, encarceramento e execuções sumárias em massa que se tornaram uma prática comum do Estado brasileiro nos últimos anos.



Marchamos, finalmente, para refletir e debater também sobre a forma com que o meio ambiente está sendo tratado. O nosso país ainda tem o privilégio de possuir riquíssimos biomas: como a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica, o Cerrado, o Pantanal etc, porém, infelizmente a cada dia que passa, mais ameaçados estão nossas matas, florestas, rios, animais, clima e seres humanos… devido à busca desenfreada dos capitalistas pelo lucro. É preciso frear a ganância dos poderosos que, para seguir aumentando seus lucros, passam por cima de tudo e de todos. Nos dias de hoje já vivenciamos vários problemas de ordem climática que é resultado desta ganância dos ricos.







O povo não pode pagar a conta. Que os ricos paguem a conta da crise!





CRESCEMOS SOMENTE NA OUSADIA!

Mário Benedetti