05 outubro 2013

DEU TRANSMISSÃO DIRETA NA TEVÊ

Marina Natura da Silva joga a rede no PSB, Konder Bornhausen & Heráclito Fortes (recém ex-DEM)  
A Direita alimenta e afaga o Ego de Marina, como se fosse uma proeminente liderança, o que não é, tem pesadas limitações políticas e de compreensão da sociedade, vive de um messianismo de uma bandeira única, o verde (??). Marina é útil demais à Direita, segundo o raciocínio binário, ela pode repetir os votos de 2010, abrindo a possibilidade de um segundo turno, além de jogar força para derrotar o governo do PT, em último caso sendo alternativa ao próprio Aécio, se este não decolar.
Sua filiação ao PSB é apenas parte deste triste enredo, recentemente também tinham se filiado ao partido a Família Fascista Bornhausen e Heráclito Fortes , todos da extrema-direta do DEM, quer dizer que a pessoa que dizia fazer “política diferente” contra os conchavos e acordos espúrios, Marina Kaiowá de Calcutá SA, por pressão dos seus ricos apoiadores, segundo o Estadão, Itaú e Natura, acaba nos braços,  olha que irônico da Família Bornhausen, Heráclito sapo-boi Fortes, e todo o conjunto de direitistas raivosos, desmatadores juntos com a “rainha” verde, bem, Evangeverde criacionista.
http://arnobiorocha.com.br/2013/10/05/o-caminho-coerente-de-marina-kaiowa-de-calcuta-sa/

20 setembro 2013

SOBRE A EXPULSÃO DO PT E SEUS MILITANTES DO BLOCO DE LUTAS PELO TRANSPORTE PÚBLICO

A primavera não esquecerá de seus filhos, jamais

NOTA DA JUVENTUDE DO PT-RS


Dia 17/09, participamos da nossa última “Assembleia do Bloco de Lutas pelo Transporte Público”, uma organização criada no início de cada ano para tentar barrar o aumento das passagens de ônibus, da qual a militância do Partido dos Trabalhadores sempre participou. No entanto, este ano o processo foi diferente. Fortes mobilizações se avolumaram no final de 2012, formando protestos com unidade real, que criaram um novo cenário para as discussões e organização do Bloco. Convém salientar que os rodoviários Cutistas, foram os percursores e propulsores deste crescente movimento, articulado inclusive lutas em outros municípios e estados, iniciamos ainda no ano passado (Dezembro) encontros sistemáticos com o bloco, em espaços como: - Utopia e Luta, SIMPA, entre outros espaços.

Quando surgiram as jornadas de Junho, em Porto Alegre já estávamos nas ruas há mais tempo e tínhamos conquistado vitórias, barrando o aumento da passagem e dando projeção à luta a partir de uma unidade de ação, com a participação efetiva de militantes da JPT e rodoviários petistas.

As mobilizações mostraram a efervescência de uma juventude que quer participar da política, mas que não se sente representada pelas estruturas tradicionais de poder. Neste período de avanços, o Bloco de Lutas tinha como princípio, e na sua essência, um espaço de unidade de ação, uma estrutura aberta, democrática, participativa e horizontal, com a qual aprendemos muito.

Ao mesmo tempo outros movimentos sociais também se reanimaram a sair às ruas e assim foram organizadas as paralisações nacionais das centrais sindicais dos dias 11 de julho e 30 de agosto. A Juventude do PT, pela relação histórica com a CUT, também obteve tarefas nessas mobilizações, quando estivemos nas garagens de ônibus junto com a oposição dos rodoviários, fortalecendo a luta da classe trabalhadora.

A JPT sempre esteve na construção do Bloco de várias formas, através da militância em espaços como sindicatos, movimentos sociais etc. Na luta pelo transporte 100% público, articulamos forças e construímos unidade de ação para pressionar todos os governos, inclusive os nossos, e fazer com que os ricos pagassem a conta. A Bancada de Vereadores e o PT, fomentados pela sua Juventude, realizaram nesse período inúmeros debates, tendo como resultado um projeto de lei em tramitação, que prevê Transporte 100% Público.

Construímos a vitoriosa Ocupação da Câmara de Porto Alegre, dialogando com nossa ampla rede de apoiadores para o suporte necessário, desde alimentação, estrutura e assessoria jurídica do movimento, contando também com apoio político e estratégico de nossa bancada de vereadores na realização do diálogo. Participamos da construção dos projetos de lei do Bloco, mesmo avaliando que eram limitados comparados ao projeto da nossa Bancada de Vereadores e, pela valorização da construção coletiva, apoiamos!

Com independência e sem amarras, não medimos esforços para realizar assembleias e atos democráticos, plurais e combativos, disputando a consciência e adesão da sociedade para a pauta do transporte público e para a importância de ir às ruas construir uma democracia verdadeira e participativa.

Jamais nos furtamos de marchar em frente ao Palácio, onde construímos um grande ato e inclusive fizemos a relação com outros movimentos sociais que também tinham ato marcado para se somar e apoiar o Bloco. Tampouco fizemos falas individuais ou coletivas no sentido de “frear o ímpeto combativo” do movimento.

Estávamos na Praça da Matriz no dia da violenta agressão aos indígenas, totalmente descabida e injustificável. Emitimos nota pública condenando estas ações, reivindicando a desmilitarização da polícia e exigindo que o governo fizesse a opção política pela demarcação das terras dos povos tradicionais. Não foi a primeira vez que a Brigada Militar agiu com truculência e arbitrariedade. Desde o primeiro momento em que isso aconteceu pautamos o problema internamente no partido e publicamente, pelo dever de disputar os rumos dos nossos governos.

Ressaltamos que a cultura política do autoritarismo é incompatível com a democracia, que a instituição Brigada Militar age com autonomia tendo grande disputa com setores da direita, ao mesmo tempo não se pode atribuir a um único governo a responsabilidade pela postura de uma instituição militar nacionalmente organizada, que ainda comemora a “Revolução de 64” todo o dia 31 de março, também não podemos aceitar qualquer grau de conivência com tais posturas. Essa é uma luta permanente e orgulha-nos o enfrentamento feito no Governo Olívio Dutra aos excessos da BM, quando foram inseridos novos conceitos de policiamento cidadão, unificação das polícias e a alteração no Regimento Disciplinar da Brigada Militar, além do projeto de Lei que prevê o fim da Justiça Militar.

Ficou nítido o esvaziamento político do Bloco, abandonaram a pauta do transporte e do Passe Livre. Vínhamos propondo a retomada da pauta do Transporte 100% público, pois diante de tantos temas o Bloco foi instrumentalizado pelo oportunismo de forças políticas como PSOL e PSTU, simplesmente para criar o símbolo do anti-petismo internamente. Havia a proposta de um seminário para definição da plataforma política, temos dois projetos protocolados na Câmara, tem uma CPI que criminaliza o movimento, e cadê o Bloco? Há tempos estas forças esvaziaram os espaços de elaboração política. Antes de proporem a expulsão somente dos petistas, o Bloco tentou expulsar outros movimentos sociais como o MST e o Levante Popular da Juventude, usando como argumento a relação de diálogo que eles possuem com o governo, coisa que o próprio Bloco realizou. Não obstante as nossas contribuições, até então sempre bem-vindas, construídas, sem exceção, de forma democrática e horizontal, houve um argumento intransponível nas falas de expulsão mais indignadas.
Agora começa uma infeliz batalha de versões sobre o episódio da nossa expulsão. A “Nota Oficial do Bloco de Lutas sobre a Expulsão do PT” mente ao denunciar supostas “manobras internas” dos petistas que sempre construíram o movimento.

O pretexto para a expulsão dos petistas foi a utilização de uma imagem na qual aparecem integrantes do Bloco de Lutas durante uma reunião oficial com o governador Tarso Genro em um vídeo institucional do PT. Nunca foi discutida, porém, a utilização de imagens das mobilizações do Bloco de Lutas por outras forças políticas e partidos.

A “Nota Oficial do Bloco de Lutas sobre a Expulsão do PT” mente ao afirmar que não temos posturas críticas. Sobre o vídeo, a JPT propôs nessa mesma assembleia que, caso alguém se sentisse lesado, seria o caso de discutir uma nota pública de repúdio ao uso da imagem e, juridicamente, uma ação questionando sua utilização.

Fomos expulsos do Bloco por sermos radicalmente democráticos, já que enfrentamos a contradição de ser governo e cobrar do próprio governo maiores avanços. Fomos expulsos por aqueles que dizem que são libertários, mas usaram do autoritarismo para se sobrepor à política. Nos condenaram e nos expulsaram por sermos filiados e construtores do Partido dos Trabalhadores.
Em nada mudaram os motivos que nos fizeram construir a unidade de ação pelo transporte 100% público e pelo Passe Livre (pauta que o próprio Bloco esqueceu). Lembramos que, inclusive, foi aprovado o Passe Livre Estadual para estudantes gaúchos no mesmo dia em que resolveram nos expulsar.

Não aceitamos que o Bloco tenha se transformado, pela vontade de algumas personalidades mais sectárias, em espaço para julgamento de acertos e equívocos do PT. Não aceitamos a demonização do PT. Acreditamos que o Partido dos Trabalhadores ainda é a principal ferramenta da classe trabalhadora. Não perdemos a perspectiva da crítica, mas sabemos enxergar os avanços que tivemos nesses 10 anos de governo, e temos claro que as mobilizações de junho foram fruto desses avanços, pois entendemos que a população e os jovens querem mais.

Os Rodoviários Cutistas (RodoCUT), que sempre foram a favor da democratização do bloco e pelo verdadeiro apoio social assinamos conjuntamente este documento, pois nos inserimos dentro deste espaço com a finalidade de buscar o bem comum a toda a nação. Compreendemos que não existe luta de um soldado só se existem falhas é porque existe espaço para o crescimento.

A militância petista seguirá nas ruas, de onde nunca saiu, construindo espaços democráticos e ferramentas de articulação de lutas sociais e de unidade de ação verdadeira, sem hipocrisia e sectarismo. Criando espaços para aqueles que querem construir uma sociedade mais justa e igualitária, que lutam contra todas as formas de opressão, por uma sociedade socialista, feminista e democrática! Viva o PT, Viva a classe trabalhadora!


Juventude do Partido das/dos Trabalhadores/RS
Rodoviários Cutistas / RodoCUT

01 setembro 2013

Carta aos médicos cubanos

David Oliveira de Souza

Link para mp3

Bem-vindos, médicos cubanos. [

Vocês serão muito importantes para o Brasil. A falta de médicos em áreas remotas e periféricas tem deixado nossa população em situação difícil. Não se preocupem com a hostilidade de parte de nossos colegas. Ela será amplamente compensada pela acolhida calorosa nas comunidades das quais vocês vieram cuidar.
A sua chegada responde a um imperativo humanitário que não pode esperar. Em Sergipe, por exemplo, o menor Estado do Brasil, é fácil se deslocar da capital para o interior. Ainda assim, há centenas de postos de trabalho ociosos, mesmo em un idades de saúde equipadas e em boas condições. 

Caros colegas de Cuba, é correto que nós médicos brasileiros lutemos por carreira de Estado, melhor estrutura de trabalho e mais financiamento para a saúde. 

É compreensível que muitos optemos por viver em grandes centros urbanos, e não em áreas rurais sem os mesmos atrativos. 

É aceitável que parte de nós não deseje transitar nas periferias inseguras e sem saneamento. 

O que não é justo é tentar impedir que vocês e outros colegas brasileiros que podem e desejam cuidar dessas pessoas façam isso. Essa postura nos diminui como corporação, causa vergonha e enfraquece nossas bandeiras junto à sociedade.
Talvez vocês já saibam que a principal causa de morte no Brasil são as doenças do aparelho circulatório. 

Temos um alto índice de internações hospitalares sensíveis à atenção primária, ou seja, que poderiam ter sido evitadas por um atendimento simples caso houvesse médico no posto de saúde.
Será bom vê-los diagnosticar apenas com estetoscópio, aparelho de pressão e exames básicos pais e mães de família hipertensos ou diabéticos e evitar, assim, que deixem seus filhos precocemente por derrame ou por infarto. 

Será bom vê-los prevenindo a sífilis congênita, causa de graves sequelas em tantos bebês brasileiros somente porque suas mães não tiveram acesso a um médico que as tratasse com a secular penicilina. 

Será bom ver o alívio que mães ribeirinhas ou das favelas sentirão ao vê-los prescrever antibiótico a seus filhos após diagnosticar uma pneumonia. O mesmo vale para gastroenterites, crises de asma e tantos diagnósticos para os quais bastam o médico e s eu estetoscópio. 

Não se pode negar que vocês também enfrentarão problemas. A chamada "atenção especializada de média complexidade" é um grande gargalo na saúde pública brasileira. A depender do local onde estejam, a dificuldade de se conseguir exame de imagem, cirurgias eletivas e consultas com especialista para casos mais complicados será imensa. Que isso não seja razão para desânimo. A presença de vocês criará demandas antes inexistentes e os governos serão mais pressionados pelas populações.
Para os que ainda não falam o português com perfeição, um consolo. Um médico paulistano ou carioca em certos locais do Nordeste também terá problemas. Vai precisar aprender que quando alguém diz que está com a testa "xuxando" tem, na verdade, uma dor de cabeça que pulsa. Ou ainda que um peito "afulviando" nada mais é do que asia. O útero é chamado de "dona do corpo". A dor em pontada é uma dor "abiudando" (derivado de abelha). 

Já atuei como médico estrangeiro em diversos países e vi muitas vezes a expressão de alívio no rosto de pessoas para as quais eu não sabia dizer sequer bom dia - situação muito diferente da de vocês, já que nossos idiomas são similares.
 
O mais recente argumento contra sua vinda ao nosso país é o fato de que estariam sendo explorados. Falou-se até em trabalho escravo. A Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), com um século de experiência, seria cúmplice, já que assinou termo de cooperação com o governo brasileiro.
 
Seus rostos sorridentes nos aeroportos negam com veemência essas hipóteses. Em nome de nosso povo e de boa parte de nossos médicos, só me resta dizer com convicção: Um abraço fraterno e muchas gracias

__________________________
DAVID OLIVEIRA DE SOUZA, 38, é médico e professor do Instituto de Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês. Foi diretor médico do Médicos Sem Fronteiras no Brasil (2007-2010)

29 agosto 2013

FORA DAQUI O FMI!

Pressões do FMI e concorrentes ameaçam aportes do Tesouro para bancos públicos.
Fundação Perseu Abramo - FPA Informa 42

Os bancos públicos brasileiros estão sendo alvo de uma grande pressão de organismos internacionais e de seus concorrentes nacionais para que o Tesouro Nacional reduza os repasses e a capitalização destas instituições, sob a alegação de que tais aportes implicariam em piora dos resultados fiscais do governo. O FMI recomentou explicitamente ao Brasil que reduza a política de empréstimos aos bancos públicos, e o ministério da Fazenda já sinaliza com uma mudança na estratégia da Caixa, sinalizando com a desaceleração da concessão de créditos as grandes empresas. Os principais beneficiários de tais discussões, os bancos privados nacionais, pressionam por tais medidas, que futuramente poderão incluir o BNDES entre seus alvos.

Análise de Guilherme Mello, Economista.
O discurso contrário ao papel dos bancos públicos no Brasil não é novo, sendo um dos argumentos utilizados pelos economistas liberais para explicar as altas taxas de juros brasileiras. Na realidade, os bancos públicos tiveram um papel central no momento de superação da crise de 2008 e na recente batalha pela redução dos spreads bancários, o que elevou sua rentabilidade, reduziu a inadimplência, aumento sua participação no mercado bancário e causou um enorme desconforto nos seus congêneres privados. Além disso, seu crescimento só foi possível por que os bancos privados não aceitam financiar a taxas de juros civilizadas os investimentos de longo prazo necessários, abrindo enorme campo para o avanço dos bancos públicos no financiamento às grandes empresas (e mesmo no financiamento ao consumidor, que encontra taxas de juros estratosféricas no que depender da “concorrência” dos bancos privados nacionais) O argumento de que os aportes do Tesouro aos bancos públicos compromete a situação fiscal do país é falaciosa, já que os aportes são compensados com a remessa de dividendos e lucros destas instituições ao Tesouro Nacional, em uma espécie de operação meramente contábil. Não sendo empresas de capital aberto, a forma de captação de recursos e ampliação da carteira de crédito dos bancos públicos exige a capitalização do Estado (seu controlador), sob a pena de não se adequarem aos critérios regulatórios do acordo da Basiléia. Defender a redução dos aportes do Tesouro aos bancos públicos é, na realidade, discutir o papel central destes bancos no mercado de crédito de longo prazo no Brasil, que não encontra oferta suficiente dos bancos privados. Ou seja, reduzir os aportes e os empréstimos dos bancos públicos implica em deixar na mão dos bancos privados o papel de financiamento do desenvolvimento nacional. Em tempos de crise e de retração da concessão de crédito, tal ação pode custar caro ao desenvolvimento brasileiro no médio/longo prazos.

05 março 2013

Venceremos!

LA DEMONIZACIÓN DE CHAVEZ - por EDUARDO GALEANO

Eduardo Galeano – Hugo Chávez es un demonio. ¿Por qué? Porque alfabetizó a 2 millones de venezolanos que no sabían leer ni escribir, aunque vivían en un país que tiene la riqueza natural más importante del mundo, que es el petróleo. Yo viví en ese país algunos años y conocí muy bien lo que era. La llaman la "Venezuela Saudita" por el petróleo. Tenían 2 millones de niños que no podían ir a las escuelas porque no tenían documentos. Ahí llegó un gobierno, ese gobierno diabólico, demoníaco, que hace cosas elementales, como decir "Los niños deben ser aceptados en las escuelas con o sin documentos". Y ahí se cayó el mundo: eso es una prueba de que Chávez es un malvado malvadísimo. Ya que tiene esa riqueza, y gracias a que por la guerra de Iraq el petróleo se cotiza muy alto, él quiere aprovechar eso con fines solidarios. Quiere ayudar a los países suramericanos, principalmente Cuba. Cuba manda médicos, él paga con petróleo. Pero esos médicos también fueron fuente de escándalos. Están diciendo que los médicos venezolanos estaban furiosos por la presencia de esos intrusos trabajando en esos barrios pobres. En la época en que yo vivía allá como corresponsal de Prensa Latina, nunca vi un médico. Ahora sí hay médicos. La presencia de los médicos cubanos es otra evidencia de que Chávez está en la Tierra de visita, porque pertenece al infierno. Entonces, cuando se lee las noticias, se debe traducir todo. El demonismo tiene ese origen, para justificar la máquina diabólica de la muerte.

15 fevereiro 2013

ABAIXO A CENSURA (DE NOVO!)


Será que a "grande mídia" cobrirá essa caso de censura? Pouco provável...

Na quarta-feira, dia 20, justiça decidirá se o site de humor Falha de S.Paulo continuará censurado

14/02/2013
Falha_de_SP_Otavinho
O logotipo proibido e Otavinho Vader, uma de nossas fotomontagens originais.
Lino Bocchini, via Desculpe a nossa falha
O disputa jurídica Folha × Falha vai ser julgada em 2ª instância na quarta-feira, dia 20, pela 5ª turma de desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo. Você pode se perguntar: “Ótimo, sorte pra vocês. Mas o que essa briga da Folha com a Falha tem a ver comigo?”. Tudo. É fácil entender, por gentileza perca mais dois minutos e leia esse texto até o final. Segundo o próprio juiz de 1ª instância, Gustavo Coube de Carvalho, trata-se de um caso sem precedentes no Brasil. Nunca antes um grande veículo conseguiu tirar do ar judicialmente um site ou blog que o criticasse. Na ausência de jurisprudência em solo nacional, o magistrado chegou a citar casos dos EUA, onde, aliás, paródias assim são permitidas.
A alegação central da empresa da família Frias é a de que a Falha fazia “uso indevido da marca”, e que o logotipo e o nome registrado eram parecidos demais com os originais. Acontece que para toda blogosfera nacional, para a organização Repórteres sem Fronteiras, pro relator da ONU para a liberdade de expressão, para o Financial Times e outros veículos internacionais de peso, proMarcelo Tas, para Financial Times e outros veículos internacionais de peso, pro Marcelo Tas, para deputados federais de dez partidos, pro Gilberto Gil e até para Julian Assange, paródias e críticas como as feitas pela Falha não são motivo para censurar ninguém.
de dez partidos, pro Gilberto Gil e até para Julian Assange, paródias e críticas como as feitas pela Falha não são motivo para censurar ninguém.


Há quase 100 anos, Barão de Itararé satirizou o jornal A Manhã criando a A Manha. De lá pra cá, dezenas de outros casos, no Brasil e no exterior, foram na mesma linha – lembra da Bundas de Zirado, que parodiava a Caras? E, desde os tempos do Barão de Itararé, ninguém censurou ninguém. Mas aí vieram os barões de Limeira.

Estamos fora do ar a pedido do jornal desde outubro de 2010, com uma ameaça de multa diária de R$1 mil caso voltemos. O juiz que concedeu a liminar foi até “bonzinho”: o pedido original da Folha era de uma multa de R$10 mil por dia se continuássemos no ar com nossas críticas. Esse site, o Desculpe a Nossa Falha, não contém nada do que estava no site original. Em 1ª instância, o final da censura foi negado, e agora vamos ao segundo round. A decisão final abrirá uma jurisprudência, ou seja: em casos semelhantes no futuro, os juízes devem basear sua decisão em um caso anterior semelhante já julgado em definitivo. O que for decidido na batalhaFolha × Falha vai balizar decisões futuras. E é aí que mora o perigo.

Angeli_WikiLeaks
Precedente perigoso: essa charge do Angeli, publicada na Folha poucos dias após sairmos do ar, poderia ser censurada pelo McDonald’s, utilizando-se dos mesmíssimos argumentos que o jornal usou contra nós.

O embate central é entre a versão da Folha, que pratica censura travestida de proteção à marca versus a versão da fAlha, que evoca a liberdade de expressão. Em caso de vitória do jornal, o precedente que se abre é tão grave que joga contra a própria empresa, que poderá ser processada e condenada em publicação de algumas charges ou colunas do Zé Simão, por exemplo. A própria advogada Taís Gasparian, que assina o processo de 88 páginas contra nós (irmãos Mário e Lino Bocchini), em 2009, fez outra avaliação. Ao defender José Simão contra um processo que tentava censurá-lo, escreveu: “Tratar o humor como ilícito, no fim das contas, é a mesma coisa que censura.” Assinamos embaixo.

Defesa pública da censura

O julgamento da quarta-feira, dia 20, será interessante. Começará às 9 horas e haverá sustentação oral dos advogados de cada parte. Será a primeira vez, desde o começo do processo, que algum representante da Folha vai falar, defendendo a censura publicamente. Qualquer um pode assistir, é só estar na 5ª turma do TJ/SP às 9 horas. A presença da imprensa também é permitida, naturalmente. E, a exemplo do julgamento do chamado “mensalão”, seria muito interessante uma transmissão ao vivo, mas, para isso, algum veículo de imprensa tem que solicitar ao TJ, e o mesmo deve autorizar.

Por fim, um pedido singelo: por favor ajude-nos a divulgar o caso. Reproduza esse texto em seu blog, Facebook e Twitter. Ou então escreva sobre o tema com suas próprias palavras. Se animar, de repente, vá acompanhar o julgamento ao vivo.

Por motivos óbvios, a imprensa convencional irá ignorar o caso. Daí nosso apelo. Obrigado.

SERVIÇO

Sessão de julgamento da Folha × Falha

Data: 20 de fevereiro, quarta-feira

Horário: 9 horas

Local: Palácio da Justiça de São Paulo

Endereço: Praça da Sé, s/nº, 5º andar, sala 511

Lado esquerdo das escadarias da Estação Sé do Metrô

03 fevereiro 2013

Solidariedade para a ação coletiva consciente


 Há grupos distintos com interesses vários, de humanitária e ação solidária, na especulação financeira, no oportunismo político institucional ou marginal, na exploração de tragédia onde no mundo ocorra.

A gota d'água na Nicarágua foi a apropriação privada da ajuda internacional lá chegada para socorro às vítimas do terremoto em Manágua em 1972(*) pela famiglia Somoza, Anastácio, depois Tachito à frente dos poucos donos daquele rico país.



23 janeiro 2013

Para seu atento juízo crítico

Pronunciamento da presidenta Dilma à Nação anuncia redução dos preços das tarifas de energia doméstica, industrial, rural e de serviços em índices ainda maiores que o previsto e faz balanço e projeção positivos da situação do desenvolvimento do setor elétrico. Ao final, faz uma convite às pessoas que tem fé e amam o Brasil. Clique aqui para ver.