14 junho 2010

Eu, José qualquer digo: “Ninguém é tudo isso só. Mas algum pode ser tudo isso se é equipe.”

Artigo da atriz Fernanda Torres – “Eleições: o dom de iludir” Ver aqui!

Eu, José qualquer digo: “Ninguém é tudo isso só. Mas algum pode ser tudo isso se é equipe.”

Fernanda Torres escreve sobre eleições em 29 de Maio de 2010 via Folha de S. Paulo e perdeu a chance de se calar. Como comediante é muito boa, mas na política não passa do palco.

Ela afirma: “Hoje, o político ideal deve reunir o carisma de Sílvio Santos, a classe de Paulo Autran, a astúcia de Alexandre, o Grande, a retórica de Ruy Barbosa, o empreendedorismo de Antônio Ermírio, a responsabilidade do doutor Paulo Niemeyer, o desapego de Buda, a razão de Confúcio, a bondade de Cristo e ainda sair vivo da arena quando soltarem os leões famintos atrás da sua carne. Essa pessoa não existe. O político, portanto, tem que ter o dom de iludir”.

Boçal seria dizer que um ser humano seria tão completo. Nem mesmo alguém forjado na vida do nordeste e na surra diária do nordeste é candidato a político perfeito, mesmo com 84% de aprovação depois de 7 anos.

Ele é muito, de fato. É muito porque foi capaz de montar na diversidade um grupo que deu resultado a partir do básico: escolher o que somos e sair do lugar pela fora do grupo.

É evidente, Fernanda, que não há nenhum ser humano capaz de suprir todos os anseios de mortais de um país pobre. Mas, ainda que completamente imperfeitos, é possível definir uma equipe capaz de produzir políticas, fatos, resultados e instrumentos a partir da inteligência coletiva e não a partir do academicismo comprometido com a elite.

Lula não é Deus, não é candidato a Papa, é um brasileiro que usou sua sensibilidade para construir grupos que, a partir de compromissos populares assumidos ao longo de duas décadas e herdeiros de uma esquerda latina, distribuiu renda, descentralizou o poder via política pública, alimentou a população e disse, na prática, que só a população é capaz de salvar-se.

Então, dona Fernanda Torres, seja brilhantes entre os Normais, mas não queira ser mais do que normal na política.

Político é ser capaz de mostrar que os que estão ao seu lado sabem como fazer, que são inteligentes coletivamente. Fernanda, não SE ILUDA, admita que 8 anos mostraram de vivemos 500 anos na desgraça por absoluta incapacidade da elite lusa, britânica, norte-americana e da pretensiosa elite nacional, respectivamente.

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