24 outubro 2008

A miséria moral de vendedores e compradores de votos

Quem vende voto está do lado da miséria moral de quem compra.
A miséria individual de quem vende o voto não exime qualquer da responsabilidade pela miséria social e moral que decorre da venda do voto.
A necessidade individual resolvida por um dia submete em nosso país toda uma comunidade à corrupção e à miséria moral por quatro anos, no mínimo.

Não é novo o método, nem exclusivo daqui, sabe-o bem George W. Bush, que só não perdeu na Suprema Corte deles lá esse segundo mandato que tarda a findar pela arranjada coincidência de, às vésperas, aqueles aviões de carreira desviarem das rotas seqüestrados por gente de fé orientada por ex-amigos e sócios da família Bush - os Bin Laden - ansiosos por encontrar Alá, fanatizados até à auto-imolação.

A educação não está solta no espaço. E não é poção mágica ou panacéia para os males dessa antiga saúva

Ela, como o demais nas sociedades humanas, costuma corresponder aos interesses dos que governam e reproduzir os interesses dos que controlam o poder.

Paulo Freire anotou muito bem que a educação para a liberdade se dá em oposição à exploração e por conscientização e aprendizado em espaço democrático.

A tarefa de libertação é para ser desenvolvida no mínimo em todo o território de um país, sempre alertou Lênin.

E está relacionada objetivamente com o modo de produção existente no lugar, no continente, e no plaenta, sabem bem cubanos, chineses, mesmo coreanos do norte.

E deve considerar os sistemas de conquista e manutenção da hegemonia, completou do cárcere fascista de Mussolini o pensador italiano Antônio Gramsci.

Platão já alertava: os que não fazem a política conformam-se em ser governados pelos que fazem a política.

Um manifesto, um programa, uma estratégia, uma tática bem resolvida e eficaz para as conjunturas, simpatizantes da ação e ações generalizadas vem sendo propostas há pouco mais de 160 anos (o Manifesto Comunista é de 1848) como parte da transformação que necessitam os de baixo. Sempre há o requisitro de que precisam ser legitimadas por pelo menos uma maioria expressiva da população, recordam-nos os exemplos de Chavez e Evo Morales, mesmo a tensão de quatro décadas em que se vê empatada a
Colômbia.

Os de cima têm se safado da extinção enquanto classe dominante e governante com guerras localizadas, crises cíclicas esperadas ou aparentemente inusitadas ou mesmo acordos como o Compromesso, na Itália e pactos como em Moncloa, na Espanha, e algo sem nome, mas similar recentemente no Brasil de Sarney a Fernando Henrique.
Um pouco mudado, é mantido agora com Luís Ignácio.

Nenhuma revolução moral ocorre sem a necessária circunstância, as relações sociais, decorrentes das relações de produção, a lhe sustentar.

Aprender sobre a cultura indígena dqqui e mesmo do norte do continente, ou que eram livres as pessoas escravizadas para cá trazida a ferros desde África é imprescindível para que se saiba que a extinção das nações se dá pela política, pela ganância, pelo colonialismo, na história, e, em nossa época, pelo imperialismo de outras nações ou blocos delas tecnologicamente mais desenvolvidas. ainda que, como acaba de revelar Greenspan, mesmo que equivocadas sobre as verdades que fizeram mais recentemente o mundo cometer por 40 asnos.O colonisalismo sustentou a inferioridade de pessoas em razão da cor da tez da pele, com apoio hegemônico das religiões, até 120 atrás.
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Continuo procurando sem encontrar os narizes empinados dos semid-deuses neoliberais, esses fantasmas que sequer têm correntes para arrastar. Percebe-se, com objetividade palmar, que a história não teve fim, embora esteja mal resolvida a trama que se desenrola contra os produtores em todo o planeta.

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